segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

ENTREVISTA COM O CORONEL PACHECO A RESPEITO DA RAS

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A Rede de Apoio a Segurança da Polícia Militar (RAS), que já foi efetivada em vários setores de Goiânia, está agora chegando ao interior. O objetivo é aproximar a sociedade dos órgãos de segurança pública com as ações para o controle e a prevenção do crime e da violência e conscientizar a população de sua responsabilidade com relação aos problemas de segurança. Por meio da RAS, trabalhadores de diversos segmentos são treinados para que colaborem com a Polícia Militar denunciando atos criminosos ou pessoas em atitudes suspeitas. Os profissionais são cadastrados, recebem crachá, colete e boné, identificando-os como integrantes da RAS. Na entrevista a seguir, o comandante do Policiamento Metropolitano da Capital, Cezar Pacheco (foto), fala sobre o funcionamento da rede e suas vantagens.

Quais as categorias que fazem parte da Rede de Apoio à Segurança?

Coronel Cezar Pacheco - São diversas categorias. Em torno de 7 mil pessoas estão credenciadas à Rede de Apoio à Segurança. Temos parcerias com os rádio-amadores, caminhoneiros, porteiros, mototaxistas, taxistas, funcionários de pit-dog e da rede hoteleira, lavadores e vigias de carro e associação de donas-de-casa. Ainda estamos trabalhando para que outros profissionais integrem a rede.

Quais?

Pacheco - Algumas categorias têm nos procurado para firmar parceria. Nós estamos organizando para que proprietários e trabalhadores de oficinas mecânicas, rede de hospitais particulares, guarda municipal, vigias de escolas da rede municipal e vigilantes de empresas privadas passem a integrar o grupo.

Quais os resultados práticos desta rede?

Pacheco - O primeiro segmento que lançamos foi em Campinas, com os vigias e lavadores de carro do bairro. De fevereiro, quando a rede foi implantada, a outubro deste ano, houve uma redução de mais de 30% na criminalidade, incluindo neste número furtos de veículos e no comércio. Entendemos que um dos aspectos que colaboraram para esta diminuição dos índices foi a participação do grupo de trabalhadores que criou uma teia de proteção, passou a se conhecer, e que não permite que maus elementos se passem por vigias ou trabalhadores na região.



Todos os bairros de Goiânia estão contemplados?

Pacheco - Isso depende muito da particularidade de cada segmento. Por exemplo, fizemos uma parceria com os vendedores ambulantes. No Setor Andréia Cristina, há muito destes profissionais. Então estamos atuando nesta região. Já os porteiros de prédios e funcionários da rede hoteleira estão integrados com o 1º Batalhão, na área central de Goiânia. Também temos a rede neste local. Ou seja, em toda a capital temos a rede integrada com um batalhão. Outro exemplo é o 9º Batalhão, do Goiânia 2, que está fazendo um trabalho de integração com os frentistas de postos de combustíveis.

Além de Luziânia, a rede vai para outros municípios?

Pacheco - Já fomos procurados pela Prefeitura de Rio Verde e estamos estudando o lançamento da rede na cidade. Também fomos contatados pelos municípios de Anápolis e Aparecida de Goiânia que já estão começando os trabalhos para formação da RAS. O Estado todo vai acabar se adequando para esta modalidade de segurança que tem dado um bom resultado preventivo.

É verificado se os profissionais que integram a RAS têm passagem pela polícia?

Pacheco - Primeiro é feito um contato com o segmento profissional. Depois fazemos um cadastramento para saber se há antecedentes criminais. Por exemplo, entre os 200 primeiros porteiros de prédios que nós cadastramos para começar a instrução, identificamos que 5% deles tinham passagem pela polícia. Um destes porteiros tinha mandado de prisão. Por isso é fundamental o cadastro. Um dos objetivos da rede é cadastrarmos e termos o controle social dos profissionais que atuam no centro urbano.

Se alguém tiver qualquer reclamação sobre um integrante da RAS deve fazer o quê?

Pacheco - Qualquer reclamação pode ser feita por meio do 190, pelo Serviço de Atendimento ao Consumidor no número (62) 3201-1900, ou ligando nos números dos telefones celulares plotados nas viaturas policiais. A Polícia Militar está preparada para pegar essas informações e adotar medidas corretivas.






Fonte de Publicação: GOIÁS AGORA

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