domingo, 6 de fevereiro de 2011

VIGILANTES

Os 262 vigilantes das 150 escolas estaduais e conveniadas de Goiânia receberam na manhã de hoje (6), em solenidade no Colégio Claretiano, Centro, o certificado de conclusão do curso de preparação para integrarem a Rede de Apoio à Segurança (RAS). O programa, da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás, tem o objetivo de ampliar a capacidade operacional da Polícia Militar na Capital, fazendo parceiros entre pessoas da comunidade, principalmente os que trabalham no período noturno. A RAS, que vem sendo formada desde fevereiro deste ano, já integra 8 mil pessoas, entre motoristas de táxi, porteiros, entregadores, lavadores de carros, camelôs e outros trabalhadores.

A secretária da Educação, Milca Severino, participou da solenidade, ao lado do comandante do Policiamento da Capital, coronel PM Cezar Pacheco de Araújo e do tenente coronel Lourival Camargo, comandante do Batalhão Escolar. Os vigilantes fizeram o treinamento em seis horas de aula, com o tenente Ricardo Pereira, do Batalhão Escolar, aprendendo mais sobre relações humanas, noções de direito, segurança comunitária e situações de suspeição. Além do certificado, eles receberam um kit da PM, com boné, colete e carteira de identificação da RAS, além de um pequeno manual com as situações de alerta.

Importância - Milca Severino parabenizou os vigilantes e disse que eles são fundamentais para a escola e a sociedade como um todo. “Vocês devem sair daqui orgulhosos, pois estão cuidando do lugar mais importante que uma sociedade organizada pode ter”, afirmou. Segundo a secretária, a escola é mais importante até que a nossa própria casa. “É lá que nossas crianças, nossos adolescentes, nossos jovens têm a possibilidade de alcançar a verdadeira cidadania, mesmo as que, como eu, nascem, muitas vezes, em lares desfavoráveis financeiramente”, destacou.

De acordo com o comandante do Policiamento da Capital, coronel Pacheco, a partir desses cursos, os vigilantes passam a ter uma visão mais ampliada das questões da segurança pública. São preparados para situações suspeitas e estarão mais próximos das equipes policiais que trabalham perto da escola. “Além de usarem o 190, os vigilantes vão ficar com o número do telefone da equipe de viatura próxima”, esclareceu. No curso, os vigilantes foram treinados para agir preventivamente, perceber com facilidade situações suspeitas. Os casos mais recorrentes perto de escolas são o uso de drogas e furtos, conforme lembrou o comandante.

O vigilante Alberto Ressi Pereira dos Santos, que trabalha no Setor Palmito, disse, como representante da categoria, que, a partir de agora, os vigilantes serão um braço da polícia e que o sucesso do programa depende do ânimo de cada um. “Vamos ficar de olhos bem abertos, na escola e na vizinhança, ajudando no combate ao crime”, acentuou. Segundo ele, se deu certo em outros países, dará certo também em Goiânia.

Para Ozair Pires Moreira, 44 anos, que trabalha de vigilante no Colégio Estadual Murilo Braga, na Vila Nova, o curso foi muito bom, pois ampliou a sua forma de ver a segurança. “O melhor é que agora, fazendo a vigilância na escola, sabemos que não estamos mais sós, que podemos contar com a polícia em qualquer situação”, disse. Ele trabalha há quatro anos na Murilo Braga, mas há 12 é vigilante em escolas. “Graças a Deus nunca enfrentei uma situação de risco, mas é bom saber que a gente é parte de uma rede e que pode ajudar a cuidar da cidade como um todo”, completou.

A Rede de Apoio à Segurança deverá oferecer, em breve, o mesmo treinamento a gestores e professores das escolas estaduais. Segundo o coronel Cezar Pacheco, as solicitações são inúmeras e a intenção é a de integrar o maior número possível de profissionais à rede. Ele afirmou que os vigilantes das escolas municipais da capital e da região metropolitana de Goiânia também deverão receber a capacitação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário