sábado, 26 de março de 2011

"R.A.S" REDE DE APOIO A SEGURANCA NAS ESCOLAS

"R.A.S" REDE DE APOIO A SEGURANCA NAS ESCOLAS
A violência nas escolas vem cada vez mais chamando a atenção da imprensa e de gestores de políticas públicas. Notícias diárias sobre o uso de armas, agressões físicas, os furtos, os conflitos, as ameaças, a presença de tráfico, de gangues, entre outras, aparecem na grande imprensa, tornando-se reconhecidas por todos os atores socais.

Para contornar essa violência é que nós, integrantes do Batalhão de Polícia Militar Escolar, mobilizamos autoridades e sociedade para a 14ª reunião com os órgãos ligados às escolas Estaduais, Municipais e particulares, no dia 17 de março (quinta-feira) das 08h00 às 10h00, no Colégio da Polícia Militar – Unidade Polivalente Modelo Vasco dos Reis, localizado na Av. T-48 com a Av. Mutirão, Setor Oeste.

Na oportunidade estaremos lançando o PROJETO REDE DE APOIO À SEGURANÇA NAS ESCOLAS, fazendo apresentação da 8ª edição da cartilha do BPMESC ao mesmo tempo em que a banda de música da PMGO e cães adestrados do Batalhão de Choque da PM estarão promovendo entretenimento para os alunos da referida escola.

Vale ressaltar que esse projeto Rede de Apoio à Segurança nas Escolas, será mais uma estratégia inteligente e moderna a ser posta em prática pela Polícia Militar e visa inibir a violência nas escolas com ações preventivas e com certeza apresentará ótimos resultados. Haja vista que no ano de 2010 em relação a 2009 tivemos de 23% (vinte e três por cento) no índice de ocorrências, obtidas principalmente com prevenção (PROERD, palestras, intensificação do policiamento, envolvimento de outros órgãos e da comunidade escolar).

Se por um lado este projeto contará com apoio de Reuniões Comunitárias, que já ocorrem quinzenalmente, através da parceria com a comunidade escolar: professores, pais, alunos; órgãos públicos: Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil, Juizado da Infância e juventude, Ministério Público, Guarda Municipal e Liderança Comunitária – para buscar, conjuntamente, alternativas para a promoção de uma Segurança com Cidadania.

Por outro a edição da cartilha que será lançada, é a formalização de um ajuste de conduta entre os participantes, e a partir dos problemas apresentados pela comunidade escolar, foram delineadas estratégias inteligentes e inovadoras para a prevenção, sendo destinada à equipe pedagógica, corpo docente, secretaria, pais, alunos, líderes comunitários, conselho tutelar, autoridades ligadas à Educação e aos nossos Policiais Militares que trabalham na atividade de realização do Policiamento Ostensivo nas Escolas do nosso Estado. Ou seja, o projeto é o plano geral para atingir a nossa meta e a cartilha é o nosso instrumento para a sua concretização.

Na cartilha do BPMESC estão inseridos outros importantes tópicos: a nossa atuação policial com caráter comunitário e ações nos princípios da proteção integral e da dignidade da pessoa humana; na parceria eficiente entre a polícia e a escola e orientações de segurança.

Para a obtenção dessas estratégias adotamos um princípio interessante que é a participação da comunidade escolar, em uma rede de parceria sólida e diversificada em um processo participativo que são os requisitos essenciais para que esta iniciativa tenha qualidade, sustentabilidade e continuidade.

Um dos apontamentos interessantes, citados pelos participantes, é que as atividades propostas nessas reuniões comunitárias possibilitaram debates esclarecedores sobre o fenômeno da violência, favorecendo, dessa forma, uma maior instrumentalização para lidar com os conflitos dessa ordem. É importante atentar para o interesse que a própria discussão desperta em relação às temáticas. Conhecer os fenômenos é um primeiro passo na busca de resoluções, como ilustra o depoimento abaixo: (...) A comunidade escolar é um tema que está presente no cotidiano da escola e todos têm que estar preparados para enfrentá-lo através dos conhecimentos adquiridos (...).

A comunidade escolar participante das nossas reuniões elogiou a iniciativa de conscientização sobre segurança pública com cidadania. Compreenderam que cada indivíduo desenvolve papel fundamental para que ocorra a paz e solicitam a continuidade do trabalho de prevenção desenvolvido na escola.

Esse projeto passou por um planejamento conjunto, pois é o resultado de 13 (treze) reuniões comunitárias realizadas com a participação de 910 (novecentas e dez) pessoas, entre elas: alunos, pais e integrantes dos seguintes órgãos: Secretaria Estadual e Municipal de Educação, rede privada de ensino, Secretaria Estadual de Cidadania, COMURG, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Guarda Municipal Conselhos Tutelares, Juizado da Infância e Juventude, Ministério Público, Secretaria de Educação, Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescentes, Líderes comunitários, sociedade civil e outros atores são responsáveis em conjunto pela construção de um escopo preventivo.

Dessas reuniões foram produzidas atas, e realizadas nos seguintes locais: Colégio Claretiano; Sede da Unidade Regional de Educação Municipal, Celina Bretãs; CPMG – Ayrton Senna; C.E. Vila Lobos; E.M. Santa Genoveva; E. E. Castro Alves; E. E. Pré-Universitário; Goyani Prates; E. E. Albert Sabin; E. E. Pedro Xavier Teixeira; E. E. Carlos Alberto de Deus; Centro Comunitário Educacional Comunitário de Meninos e Meninas (CECOM); SESC Cidadania.

Além dessas reuniões temos realizado palestras nas escolas da Capital e o que chama a atenção é o interesse de integração dos jovens, os quais pedem para resolver os problemas de violência da escola, e para construir uma política de segurança que leve em conta a cidadania de cada um. Afirmam ser necessário que exista um esforço conjunto, principalmente em se tratando de polícia e escola. Aumentar a participação, parceria, envolvimento da comunidade nas escolas na prevenção é uma das principais cobranças dos alunos.

Outro tópico fundamental é a defesa de que informações que sensibilizem a comunidade escolar sejam apresentadas por meio de palestras e cursos, para que todos sejam capacitados para lidar com questões que envolvam violência e segurança. Um exemplo disso é o Projeto Juventude e Polícia, denominado PROERD, de responsabilidade da Fundação Tiradentes e com emprego de Policiais Militares capacitados para essas atividades. Nesse projeto, a Polícia Militar foi levada para dentro das escolas e realizou trabalhos com música e atividades preventivas com alunos.
Nos dias 20 de fevereiro a 6 de março, foram repassadas em mãos para a Seção de Planejamento do BPMESC as atas das reuniões realizadas nas escolas, a partir das quais se constituiu todo o planejamento para o lançamento deste projeto.

Os princípios priorizados no final das nossas reuniões comunitárias: 1) prevenção, conscientização e esclarecimento da violência, em especial realizada pela polícia, e com programas educativos, desde as primeiras séries escolares; 2) policiamento ostensivo, nas ruas e na escola; 3) aumentar a participação – parceria – envolvimento da comunidade nas escolas, na prevenção e combate à violência; 4) manter policiamento constante nas escolas, parceria eficiente entre a polícia e a escola; 5) desenvolver estratégias inteligentes e modernas para inibir a violência.

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